jogue agora [9]

Jasper: Heheh, vamos. É Lewis Jade. *Corei e continuei segurando sua mão, e assim fomos andando para casa*

Anika: *Abri uma fresta dos olhos, irritada com a claridade que vinha da janela, mas logo voltei a fechá-los*

~

Dieter: *Fechava a minha mala, já arrumado. Eu me endireitei e olhei a casa em volta, vendo-a completamente vazia. Suspirei, relembrando dos momentos que havia vivido ali por cerca de um minuto, então peguei a mala e me dirigi pra fora do quarto*

Max: *Acordou com uma tosse repentina que havia aumentado e apareceram os primeiros sinais de febre. Isso significava que o simples resfriado que contraíra antes agravara e virou gripe forte. Como tem outra doença, era difícil até impossível sobreviver mais do que aquilo. Kate já sabia do que acontecia com Max e, como já estava em casa dele por causa do incidente do festival, levou-o para hospital. Após fazer check-in, internaram-o e ela permaneceu pensativa na sala de espera, pois os médicos precisavam cuidar primeiro antes de liberar visitas. Enquanto esperava, ia a lanchonete comer pão e tomar suco de laranja, apesar de não conseguir comer direito por causa da preocupação.*

Anna: *Acordou com uma claridade que atravessara nas pálpebras dela. Após se espreguiçar, levantou e sentiu arrepio. Olhou para si e deu grito.*

Peter: *Acordou com a claridade e com o grito de Anna e levantou, meio zonzo.* Q-que foi?

Anna: *Pega o cobertor e se cobre, virando o rosto em direção ao banheiro* Peter... se vista!

Peter: *Após minutos percebeu o que ela queria dizer: estava completamente nu. E ela também. Lembrou-se do que havia feito na noite passada e se levantou, notando uma pequena mancha de sangue na cama. Como não trouxera a roupa nova, pensou que teria que vestir as mesmas roupas quando bateram na porta. Era Richard, irmão de Anna, que estava trazendo camisa e cueca emprestada. Concluiu que a família já sabia o que ocorrera, o que aumentou o constrangimento dele e pegou as roupas, se vestindo.*

Anna: *Entrou no banheiro, fechando a porta e sentou em cima da tampa da privada. Só depois lembrou do que ocorrera ontem, já que era a primeira vez que dormira com ele. Perdera a virgindade, mas pelo menos perdeu com o "homem dos sonhos" para ela. Foi à pia e lavou o rosto e foi até o quarto pegar a roupa. Nesse ponto, Peter já vestira cueca e calça, por isso não ficou constrangida. Bem, um pouco já que ele está sem camisa, mas já vira antes assim em locais como piscina. Após pegar o necessário, virou para Peter e desejou bom dia e entrou novamente no banheiro para trocar de roupa, já que suara antes.*

AV: *Acordei com uma dor muito forte na bunda* Devo ter escorregado e batido a bunda, nada de coisa. *Me levantei, quase não conseguindo andar direito pela dor*

Jasper: *Acordei com Claude resmungando algo enquanto dormia de barriga para cima. Percebi a situação e soltei um sorriso acanhado. Virei para seu lado e permaneci fitando-o, pensando em como aquilo tudo tinha começado. Fiquei um tempo assim até tocar seu pescoço, que estava gelado, então cobri Claude até os ombros. Peguei sua mão e coloquei em meu rosto quente, voltando a dormir* ...

Dieter: *Eu não comi nada antes de pisar pra fora de casa, não consegui. Eu tive certeza de que estava com o passaporte e passagens no bolso, e de que eu não estava esquecendo de nada. Suspirei, a partir daquele dia eu estaria deixando pra trás as únicas coisas que me faziam, de certa forma, feliz. A minha irmã, já tinha perdido-a há muito tempo, mas agora eu tinha certeza de que nunca mais a veria. A minha casa, o lugar onde eu cresci, perdido pra sempre, eu nunca mais poderia voltar. A minha faculdade, os meus colegas de classe, as pessoas com quem eu passei noite anterior, não as veria nunca mais. E, claro, o único rapaz por quem eu poderia ter um sentimento especial, eu nunca mais o veria também. Mas não só pelo fato de eu iria me tornar um fugitivo, também porque com as suas condições atuais, viver com ele seria como viver com três pessoas diferentes... ou até mais do que isso. Sem contar que uma delas me odiava. Eu andei até o jardim da frente e olhei para o animal que me seguia, eu teria de levá-lo, afinal de contas. Agora que eu o havia domesticado, ele nunca sobreviveria sem um dono, por isso largá-lo na rua seria o mesmo que deixá-lo pra morrer, mesmo ele sendo um caçador frio e sanguinário. Eu segui carregando a mala na minha mãe, dirigindo-me para o aeroporto*

Rodrik: *Levantei cedo e fui fazer da manhã, como sempre*

Alexis: *Acordei com o papai se levantando e notei que Heike ainda dormia. Abracei-a pelo braço e dei-lhe um beijo na bochecha* Mamãe.

Johann: *Estava sentado na cama, olhando para minhas passagens. Só meu órgão sexual estava coberto pelo lençol. Vi Anika deitada ao meu lado, ainda sonolenta mesmo com a luz solar passando pelo vidro da porta para a varanda. Suspirei e voltei a olhar para a passagem*

Anika: *Após voltar novamente à realidade, eu abri os meus olhos, mas não me movi. Fiquei a olhar para Johann* ...

Johann: "Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, docura que preserva"... *Olhei para Anika com o canto dos olhos* ... William Shakespeare.

Anika: *Eu abaixei o olhar e segurei uma das mãos dele, segurando-a próxima ao meu rosto* ...Eu não quero que você vá. *Eu sabia que dizer aquilo não levaria a lugar algum, mas não conseguia me conformar*

Johann: *Passei a mesma mão que ela segurava em seu rosto, de testa franzida. Era doloroso eu dizer aquilo, mas era mais ainda doloroso ouvir aquilo dela* ... Talvez... não tenha sido certo nos apaixonarmos.

Anika: *Franzi a testa também e balancei a cabeça negativamente* N-não. Esqueça o que eu disse. Eu nunca me arrependo do fato de ter me apaixonado por você. Nem sequer naqueles 6 meses.

Johann: *Me debrucei sobre o corpo dela, olhando para seu rosto, e tirando mechas de seu cabelo da testa* Não é saudável esconder os seus sentimentos. Assim como você não quer que eu vá, eu não quero te deixar. Você é tudo o que eu tenho... Eu tenho a impressão de que, ao ir embora, vou estar deixando tudo pra trás.

Anika: *Coloquei uma mão no rosto dele* Mas... não vai ser por tanto tempo, certo? E você sabe que... não importa por quanto tempo seja... eu sempre vou esperar para estar com você.

Johann: Me desculpe por te dar um "bom dia" tão doloroso. *Beijei o pescoço dela, depois sua bochecha e o nariz e, por fim, seus lábios*

Anika: *Retribuí o beijo dele, contendo a vontade de chorar, então separei o beijo brevemente* Bem, tecnicamente você me acordou recitando Shakespeare. *Dei um leve e pequeno sorriso*

Johann: "Romeu e Julieta" é uma obra triste, então não muda muito. *Voltei a me sentar direito na cama* Eu tenho que ir logo. Pra me preparar. Daqui a pouco o motorista chegará. Você não pode vir comigo.

Anika: *Me sentei na cama também, com as mãos nos joelhos* Tudo bem.

Erika: *Eu ainda olhava fixamente para os carros passando pela avenida. Passou outro carro laranja. Era um tanto quanto incomum, então isso significava que eu já estava sentada ali havia muito tempo. Talvez horas. Passara a noite sozinha no hospital, sem ninguém para me confortar. David me ligou várias vezes, chequei o celular - porém, não atendi nenhuma. Ele desistiu depois de algum tempo, provavelmente foi para casa sozinho. Por causa disso, eu não estava a fim de voltar ainda. Mesmo que a cirurgia fosse simples, pro meu pai não haviam mais soluções: sua doença já estava em um nível muito avançado. Não havia nada o que fazer por ele, e às 05:48:57, meu pai faleceu. Uma perda muito grande. Por mais que ele houvesse me tratado mal por tanto tempo, ele ainda era meu pai. Eu ainda não havia me conformado que ele havia ido. Que não estava mais lá. Quantas vezes me indagara o lugar para onde ele foi após seu coração parar de bater? Nunca fui uma tremenda religiosa, mas eu procurava por uma força suprema que me dissesse que ele ficaria bem, para onde quer que houvesse ido. Eu precisava tomar um rumo. Mas qual? Me levantei do banco de praça que me encontrava haviam muitas horas e saí andando pela cidade, com um olhar vazio*

Johann: *Me levantei (sem me importar de estar nu), peguei um papel em cima de um armário e uma caneta e anotei - com a minha letra mais bonita (ainda sim muito feia) - o endereço, e entreguei à ela* Esse é o endereço. Não é um local fechado. É um parque aberto. Só as pessoas que se sentam mais próximas do artista que pagam pelo show. Mas eu consegui um lugar de graça pra você.

Anika: *Peguei o papel, levemente corada* Ah. Certo. *Olhei para o rosto dele seriamente* Hm. Eu poderia tomar banho antes de ir?

Johann: Fique à vontade para tomar banho, se divertir por aí ou whatever. O show é apenas às 16h. *Peguei uma toalha* Eu vou me preparar.